quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Há vida


O que é a vida além de sucessivos lapsos de memórias poéticas? 

Eu, enclausurado nesse mar assustador e incrível de imagens: 
- Já fui louco na insanidade do elogio; 
- Já me tornei imoral para emancipar-me; 
- Sou alguém que sabe que não sou tão bom, na cegueira do nosso coração; 
- Também apostei na maré branca que um dia mudará nossa visão; 
- Naveguei num mundo assombrado pelas pseudo-ciências e crédulos; 
- O horizonte de evento que me fez ver-me dois e o tempo não passou, aparentemente; 
- Presenciei o tempo ruim das famílias que são oprimidas pelo latifúndio; 
- Senti a peste abrir minhas feridas mais íntimas: podemos ser melhores em tempos de pestes. 
- Entendi a imagem final da metamorfose feminina: da adolescência para a mulher; 
- Chorei com a sensibilidade da primeira mulher que ocupou a ABL;
- Fui convencido, com argumentos simples e ricos, que a morte é a maior das liberdades; 
- Naveguei na estrada repleta de benzedrina. 
Sou e sou imagens, demasiadas imagens
nesse lampejo de memórias cheias de mensagens. 
Meu coração partido, descobriu as memórias poéticas
no putrefato Adeus que um dia, na mais brilhante das dialéticas
mostrou-me que não há cura. 
Há sorrisos. 
Há metamorfoses. 
Há prantos.
E, principalmente,
há vida.


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