Ah, saudade, por quê me fazes sofrer,
Fazendo-me gritar no silêncio desconfortante da indiferença?
Por que ainda os grilhões que me oprimem não foram tirados
de mim?
Diante à incumbência de viver trancafiado dentro dos meus
medos,
Sem ao menos dar-me ao prazer de dizer tudo o que penso,
vivo.
Vivo, ou melhor, tento - já que a falta da sensatez,
É o pagamento do grito que permeia a calmaria
Que me obriga a dá-lo sem ao menos confortar-me
Nos deleites insepultos da verdadeira paixão.
Ah, saudade, saudade.
Não me firas mais, porque aqui jaz um amante desolado.
- Heitor Dávila
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