O amor é um sentimento
que através do qual as pessoas libertam seu lado racional – assim o deveria ser
– e entregam-se à emoção. Estamos presos
à racionalidade diariamente; e o amor manifesta-se nas pessoas para que essas
correntes sejam rompidas.
Amar é entregar-se à
outra pessoa. É deixar o sangue correr mais violentamente sobre as veias e as
artérias. É deixar que o alheio habite nossos corações. É deixar a mente
tornar-se indômita. Conhecer o novo é amar. Reviver o velho é amar. Escrever,
deliciosamente, sobre o futuro, é amar. Ama quem conhece o que é o amar, sem
saber o que é amar.
Das várias vertentes do
amor, a mais discutidas e discorridas pelas pessoas, é o amor entre as pessoas. A partir do
momento, no qual o gélido coração entra em contado com o intangível sentimento
– o amor -, buscamos, a priori, a mutualidade desse sentimento. Muitas vezes
tal não sucede: podendo, nos corações mais sensíveis, levar a pessoa à
desolação. Mas, pois, o que nos machuca
nessa busca pela mutualidade não é o sentimento que fora plantado em nossos
corações por outrem, são as expectativas que criamos a partir do cintilar do
amor.
A grande incógnita do
amor são as expectativas criadas quando o sentimos. Amar é entregar-se. E, a partir do momento
que ocorre a entrega, as expectativas começam a esvair-se, pois começamos a
sentir as doses de adrenalina causada pelo amor, e mesmo que não ocorra uma
reciprocidade de um sentimento intangível, o amor pode virar uma história ou
uma estória.
Amar é sentir-se na
alma de outem.
Amar é viver-se no
coração de outrem.
Amar é entregar-se: à
pessoa ou às palavras.
Amar é e reescrever a
história ou estória demasiadas vezes.
Amar é esquecer do
mundo e, simplesmente, amar sem saber o que é o amar.
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