quarta-feira, 29 de maio de 2013

Ama quem não sabe o que é O Amar

O amor é um sentimento que através do qual as pessoas libertam seu lado racional – assim o deveria ser – e entregam-se à emoção.  Estamos presos à racionalidade diariamente; e o amor manifesta-se nas pessoas para que essas correntes sejam rompidas.

Amar é entregar-se à outra pessoa. É deixar o sangue correr mais violentamente sobre as veias e as artérias. É deixar que o alheio habite nossos corações. É deixar a mente tornar-se indômita. Conhecer o novo é amar. Reviver o velho é amar. Escrever, deliciosamente, sobre o futuro, é amar. Ama quem conhece o que é o amar, sem saber o que é amar.

Das várias vertentes do amor, a mais discutidas e discorridas pelas pessoas, é o amor entre as pessoas. A partir do momento, no qual o gélido coração entra em contado com o intangível sentimento – o amor -, buscamos, a priori, a mutualidade desse sentimento. Muitas vezes tal não sucede: podendo, nos corações mais sensíveis, levar a pessoa à desolação.  Mas, pois, o que nos machuca nessa busca pela mutualidade não é o sentimento que fora plantado em nossos corações por outrem, são as expectativas que criamos a partir do cintilar do amor.

A grande incógnita do amor são as expectativas criadas quando o sentimos.  Amar é entregar-se. E, a partir do momento que ocorre a entrega, as expectativas começam a esvair-se, pois começamos a sentir as doses de adrenalina causada pelo amor, e mesmo que não ocorra uma reciprocidade de um sentimento intangível, o amor pode virar uma história ou uma estória.

Amar é sentir-se na alma de outem.
Amar é viver-se no coração de outrem.
Amar é entregar-se: à pessoa ou às palavras.
Amar é e reescrever a história ou estória demasiadas vezes.

Amar é esquecer do mundo e, simplesmente, amar sem saber o que é o amar.

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