quarta-feira, 14 de agosto de 2013

A antítese paradoxal


Eu quero ser o choro da tua prosa
Eu quero ser o sorriso da tua poesia
Preciso enaltecer o botão desta rosa
Cheirar, contemplar e sentir a febre da tua alegria.

Sonhos de um poeta doente:
Todos os dias os muros gritam:
- É preciso acreditar na sua mente
E não seguir o que ditam.

Eu preciso sentir o teu doce calor
Envolver-me na relutância das tuas provocações
Voar, voar, voar, amor
Sentir a erupção das mentes em plenas convulsões!

Mente indômita que vasculha
O pérfido destino da plena razão
Dar-lhes-ei de presente
Toda a plenitude do coração.

É preciso esquecer a saudade que namora
Navegar nesse mar oblíquo
Dos teus olhos de aurora
À parte disso, tens sempre dito:

Acreditas, que o dia chegar-se-á
Esvoaçará em nuvens errantes
E sobrará tempo, dir-me-á:
- Plural são nossas noites dançantes!

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