quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A canoa cor de nada



O meu coração precisa de algo além de sangue
venoso e arterial
e do movimento idiossincrático da
sístole e da diástole.
O meu coração – pequeno na sua
imensidão,
precisa de amor
e também de
solidão.
Esta, para discorrer,
sonhar, buscar e vomitar palavras em um
documento em branco do word:
aliviar a pressão de uma comporta não aberta.
Aquele, para eu simplesmente
amar, silenciar e acalentar 
o meu coração e a minha mente indômita perturbada pelas
quimeras da solidão.
O amor é o remar manso da minha canoa,
um ruído imperceptível aos ouvidos sensíveis.
Quando ama, não fala, não grita, 
apenas sente a beleza do amor e 
escuta...
escuta as palavras discorridas na ausência,
na solidão.

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