06 de agosto de 2013
Querido moço dos olhos gentis,
Hoje é terça-feira e aqui estou eu na aula de Literatura com
a mente confusa e o coração bagunçado. Enquanto a professora revisa no quadro
negro todas as épocas literárias me pego criando um tempo novo, um tempo
iniciado por uma história em que você é protagonista. Um tempo para dois. Para
eu e você. Para nós dois.
Fujo para um local distante, minha imaginação torna-se minha
guia e me pego sendo turista do Mundo dos Sonhos. Logo peço para visitar os
pontos turísticos mais belos desse local e minha imaginação, muito competente,
me leva até os seus olhos, depois ao seu sorriso, depois ao seu corpo. E após
observar cada detalhe percebo que você é uma das maravilhas do meu mundo.
Retorno à realidade, pego meu caderno e com a caneta em
mãos escrevo-lhe esta carta. Escrevo-lhe para pedir que liberte minha mente,
que hoje se encontra escravizada por pensamentos fiéis a você.
Já não consigo prostrar minha razão a outra coisa além dos
seus encantos. Estou hipnotizada por seus detalhes.
Por um breve instante me permito estar em sala de aula
novamente e ouço a professora recitar um poema. Não me interesso. Pois o meu
poema favorito apenas meu coração entende, apenas meu coração sabe interpretar,
apenas meu coração sabe recitar: Você.
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