terça-feira, 11 de junho de 2013

Conformistas em comunhão

Entre cores e dores prevalece a atenção
Daquele menino sentado na calçada, que colocou-se a enxergar
A rapidez daqueles que passaram sem histórias para contar.

Os homens tem pressa, dessa pressa que não sei
Vivem para o futuro, para o dinheiro, e sem nenhuma lei
embebedam-se de seu licor da ostentação.

A mesquinharia os fizeram refém,
o preconceito os cegaram
Desses detalhes que ainda não vêem,
da ética que tanto falam.

Filhos da indiferença
Pobres por nascença
Conformistas em comunhão

Silêncio que ecoa,
da Terra que os abençoa:
"Povo Heróico" sem ação.

Talvez, a melodia regida entre "vivos-falecidos"
poderá um dia, ser retumbante em uníssono?
O menino espera por esse feito. 

Em seus sonhos abstratos e suas utopias resguardadas,
ele nutre a coragem da ambiguidade interior
Porque em guerra de dúvidas, apenas ele é o vencedor.

Ôh Pátria Amada, envolva seus filhos de bravura
Não os deixe levar pela labuta
Porque aqui, o sentir é escasso.

Ôh Pátria Amada, eu não quero sonhar só
Me sinto tão singular ao idealizar,
a revolução em compasso.

Se tu és mesmo, Mãe Gentil
não abandona o sonhar de vossos filhos,
vezes descrentes desse Brasil.

Se tu és mesmo, Mãe
dê a eles o semear
Pois não há nada mais infame do que perecer,
sem nada para contar.


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